"Não Me Mata, Pelo Amor de Deus!": Trabalhador Implora por Vida em Ligação com Esposa Antes de Ser Executado a Tiros em RO

Em Vilhena (RO), homem de 29 anos é assassinado a tiros após briga no trabalho; ex-esposa ouve súplicas desesperadas em ligação ao vivo. Filho do gere

Foto: Polícia Militar de Rondônia/Arquivo

"Não Me Mata, Pelo Amor de Deus!": Trabalhador Implora por Vida em Ligação com Esposa Antes de Ser Executado a Tiros em RO

Um trabalhador de 29 anos foi morto a tiros em uma fazenda em Vilhena, Rondônia, na noite de 9 de novembro de 2025, após implorar por sua vida em uma ligação telefônica com a ex-esposa. O crime, motivado por vingança após uma discussão no trabalho, chocou a região do Cone Sul e expõe a fragilidade da segurança no campo rondoniense.

Vilhena, RO – 10 de novembro de 2025 – A Polícia Militar de Rondônia investiga o assassinato de Jorge André dos Santos Nascimento, de 29 anos, ocorrido na noite anterior em uma área rural de Vilhena, conhecida por conflitos agrários, embora o crime não esteja relacionado a disputas fundiárias. Jorge, que trabalhava há apenas dois dias na fazenda, foi alvejado com pelo menos dois tiros enquanto descansava em uma cadeira na residência da propriedade. O ataque aconteceu durante uma conversa por telefone com sua ex-esposa, que ouviu os momentos finais de agonia do companheiro antes dos disparos fatais.

A Ligação que Revelou o Horror

A ex-esposa de Jorge, uma empregada doméstica, mantinha uma ligação de 12 minutos com a vítima quando o suspeito se aproximou. Pelos alto-falantes do celular, ela escutou o desespero do ex-marido ao implorar: "Não me mata não, pelo amor de Deus!". Logo em seguida, os tiros ecoaram, e outro homem presente no local pegou o telefone para confirmar o pior à interlocutora. A testemunha ocular relatou que o crime foi uma retaliação a uma discussão anterior entre Jorge e o ex-gerente da fazenda, que resultou na internação hospitalar do gestor devido ao estresse causado pelo confronto verbal.

As Últimas Palavras de Jorge: Súplica Desesperada

"Não me mata não, pelo amor de Deus!" – essas foram as palavras finais de Jorge André, capturadas ao vivo por sua ex-esposa. O áudio chocante, descrito como "de partir o coração" por investigadores, serve como prova irrefutável e humaniza a tragédia de um homem comum pego em uma espiral de vingança no interior de Rondônia.

Suspeito e Motivação por Vingança

O principal suspeito é o filho do ex-gerente da fazenda, que teria agido movido por rancor familiar. Após a discussão que levou o pai à internação, o jovem procurou Jorge no local de trabalho e efetuou os disparos friamente. Até o momento, o autor do crime permanece foragido, com buscas intensificadas pela Polícia Militar na região rural de Vilhena. Autoridades destacam que, apesar do histórico de conflitos agrários na área, este homicídio parece isolado e decorrente de desavenças pessoais no ambiente laboral.

Peritos do Instituto Médico Legal (IML) confirmaram a morte por hemorragia traumática causada pelos tiros, e o corpo foi removido para necropsia. A fazenda, localizada em zona de tensão fundiária, agora é foco de perícia para coleta de evidências balísticas e testemunhais adicionais.

  • Vítima: Jorge André dos Santos Nascimento, 29 anos, trabalhador rural há dois dias na fazenda.
  • Data e local: Noite de 9 de novembro de 2025, área rural de Vilhena (RO).
  • Motivo: Vingança por discussão que levou ex-gerente à internação.
  • Suspeito: Filho do ex-gerente, foragido e procurado pela PM.
  • Testemunha chave: Ex-esposa ouviu súplicas e tiros em ligação de 12 minutos.

Conclusão

O assassinato de Jorge André expõe as tensões latentes no campo rondoniense, onde desentendimentos cotidianos podem escalar para tragédias irreversíveis. A súplica final da vítima, ecoando em uma ligação banal, serve como lembrete cruel da fragilidade da vida e da urgência por mediação de conflitos laborais. Com o suspeito à solta, a Polícia Militar apela por informações da população, enquanto a família de Jorge clama por justiça rápida. Casos como esse demandam não só punição, mas investimentos em prevenção de violência rural para evitar que súplicas como "pelo amor de Deus" se tornem epitáfios esquecidos.

Por Redação Tribuna do Nordeste

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