Fábrica Secreta Produzia 10 Fuzis por Dia para o CV: A Máquina de Guerra que Armava o Crime Organizado!
Fábrica Secreta Produzia 10 Fuzis por Dia para o CV: A Máquina de Guerra que Armava o Crime Organizado!
Em uma operação que revela os bastidores do armamento ilegal no país, a Polícia Federal (PF) descobriu, em agosto, uma linha de produção industrial disfarçada de empresa legítima em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo. O laudo técnico, divulgado nesta semana, aponta que a fábrica operava sob o nome fictício de Kondor Fly e tinha capacidade para fabricar mais de 3.500 armas por ano, com foco em fuzis de alto calibre destinados ao tráfico de drogas. As armas eram vendidas por valores entre R$ 12 mil e R$ 18 mil, sendo transportadas para facções criminosas em estados como Rio de Janeiro e Goiás.
A Sofisticação da Produção: De Latas de Precisão a Armas de Guerra
O relatório pericial da PF detalha um arsenal de equipamentos de ponta, incluindo centros de usinagem CNC, tornos de alta precisão, fresadoras digitais e estações de acabamento. Materiais como blocos de aço 4140 e alumínio 7075, ideais para a confecção de fuzis e pistolas, foram encontrados no local. Essa infraestrutura permitia uma produção diária de até 10 fuzis, transformando o galpão em uma verdadeira "fábrica de guerra" para o crime organizado. A operação ocorreu em agosto, mas os detalhes técnicos só foram revelados em novembro de 2025, destacando a complexidade da investigação.
Capacidade Produtiva Alarmante
A fábrica poderia gerar mais de 3.500 armamentos por ano, abastecendo facções como o Comando Vermelho com fuzis de calibre alto, vendidos por até R$ 18 mil cada.
Conexão com o Crime no Rio: Da Fábrica ao Complexo do Alemão
A descoberta está ligada a uma megaoperação no Rio de Janeiro, onde pelo menos 91 armas de alto calibre foram apreendidas, possivelmente oriundas dessa fábrica paulista. Os fuzis chegavam ao Complexo do Alemão, reduto do CV, alimentando confrontos violentos. A operação no Rio, a maior já realizada pelo governo estadual, resultou em 121 mortes – quatro policiais e 117 civis –, gerando controvérsias nas redes sociais e na imprensa. Especialistas em segurança pública alertam que esquemas como esse representam um risco crescente à ordem pública, com o tráfico se equiparando a exércitos organizados.
- Equipamentos de alta tecnologia encontrados: CNC, tornos precisos e fresadoras digitais.
- Destino principal: Facções no Rio de Janeiro, como o Comando Vermelho no Complexo do Alemão.
- Impacto da operação no Rio: 91 armas apreendidas e 121 mortes em confrontos.
Conclusão
O desmantelamento dessa fábrica clandestina expõe a engrenagem sofisticada do crime organizado no Brasil, onde a produção em massa de armas ilegais sustenta guerras urbanas e desafia as forças de segurança. Com capacidade para armar milhares de criminosos anualmente, o caso reforça a urgência de investimentos em inteligência policial e controle de fronteiras. Autoridades federais prometem mais ações contra redes semelhantes, mas o episódio levanta questões sobre como impedir que galpões industriais se tornem arsenais ocultos. A batalha contra o tráfico armado continua, e cada descoberta como essa pode ser o turning point para uma sociedade mais segura.
Por Redação Tribuna do Nordeste •
