Porto Velho, Rondônia, está em estado de choque e repercute intensamente a brutal execução de Hudson Magalhães da Rocha, de 34 anos, conhecido popularmente como Betão da Borracharia. O crime ocorreu na noite de terça-feira, 2 de dezembro de 2025, enquanto Betão trabalhava em seu estabelecimento na Avenida Calama, no bairro Planalto, zona Leste da capital rondoniense. A notícia da morte, ocorrida na véspera, ainda domina as conversas e noticiários desta quarta-feira, 3 de dezembro de 2025.
Execução Sumária e o Passado Obscuro da Vítima
A execução de Hudson Magalhães foi marcada pela rapidez e brutalidade. Homens armados invadiram a borracharia e efetuaram diversos disparos contra Betão, que não teve qualquer chance de defesa ou reação. As autoridades locais foram imediatamente acionadas, mas ao chegarem ao local, encontraram a vítima já sem vida.
A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para uma motivação clara: o vasto histórico de golpes aplicados por Betão. Ele era conhecido na região por uma prática fraudulenta recorrente: oferecia pneus a preços atrativos, recebia o pagamento das vítimas, mas nunca entregava os produtos prometidos.
A dimensão dos prejuízos é assustadora. Moradores e fontes próximas indicam que o número de vítimas ultrapassava quarenta pessoas, resultando em um montante acumulado de perdas que superava a marca de quinhentos mil reais.
Promessas de Conversão e a Recaída no Crime
A vida de Betão Magalhães era um turbilhão. Ele havia sido detido em maio de 2025 e, após um período de reclusão, conquistou a liberdade provisória em 17 de novembro de 2025. Ao deixar o sistema prisional, Betão fez questão de alardear uma suposta conversão religiosa, chegando a dar testemunho em uma igreja da região, afirmando ter abandonado a vida de crimes.
Contrariando suas próprias declarações, relatos de clientes e vizinhos indicam que Betão não demorou a retomar suas atividades ilícitas. Nos dias que se seguiram à sua libertação, ele continuou a enganar pessoas, aplicando os mesmos golpes que o haviam levado à prisão anteriormente, frustrando a esperança de quem acreditou em sua mudança.
Mandante com Influência e Sede de Vingança?
As investigações preliminares, baseadas em informações repassadas por populares e testemunhas, sugerem que a ordem para matar Betão pode ter vindo de uma figura poderosa e profundamente afetada por seus golpes. A hipótese é que o mandante seria uma pessoa de grande influência na região, que teria sofrido perdas financeiras significativas nas mãos do ex-presidiário.
"Informações repassadas por moradores apontam que o mandante seria uma pessoa bastante prejudicada pelos golpes, alguém de grande influência e que teria sofrido perdas significativas."
A Polícia Civil de Rondônia já está empenhada em desvendar o caso. O foco da investigação é identificar não apenas os executores diretos do crime, mas também chegar aos possíveis envolvidos na articulação e na ordem para ceifar a vida de Hudson Magalhães da Rocha, o Betão da Borracharia, em um caso que promete novos desdobramentos.
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