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Tensão Explosiva no Brás: PM Aponta Arma para Ambulante Grávida e Choca o Brasil

Cenas de Violência no Centro de São Paulo Geram Indignação Nacional Uma operação de fiscalização a ambulantes no coraçã...

Por: Admin 3
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Cenas de Violência no Centro de São Paulo Geram Indignação Nacional

Uma operação de fiscalização a ambulantes no coração do Brás, em São Paulo, desencadeou momentos de extrema tensão e violência que chocaram o país. Vídeos que circulam nas redes sociais, gravados por testemunhas na manhã da última terça-feira, 16 de dezembro de 2025, mostram agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Polícia Militar (PM) agindo de forma agressiva, culminando em uma cena estarrecedora onde um policial militar aponta uma arma de cano longo para o peito de uma mulher, que, segundo gritos de populares, estaria grávida.

As imagens capturam o momento em que a força é desproporcional. Em um dos vídeos, é possível ouvir o policial gritar repetidamente a ordem "põe a mão!" enquanto a arma está direcionada à ambulante. Testemunhas no local, em desespero, tentam intervir, alertando sobre a condição da mulher. "Ela está grávida!", clamam as pessoas, enquanto outro ambulante se posiciona à frente da vítima na tentativa de protegê-la e afastar a mulher da mira do agente. Em uma tentativa de acalmar os ânimos e questionar a abordagem, outro vendedor confronta os policiais com a frase: "nem vocês gostam disso", demonstrando o descontentamento e a perplexidade com a situação.

Escalada da Tensão e Reação Policial

A ação, que visava coibir o comércio irregular em uma das regiões mais populares de São Paulo, rapidamente escalou para um confronto. Além da cena com a ambulante grávida, outros vídeos revelam guardas civis cercando e contendo ambulantes, alguns no chão, e policiais militares apreendendo carrinhos de mercadorias. Mulheres que tentavam impedir a retirada de seus produtos foram agredidas com cassetetes. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana informou que a GCM estava prestando apoio à Subprefeitura Mooca em ação de combate ao comércio ambulante irregular e que houve "reação dos ambulantes", tornando necessária a "intervenção da GCM". A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo também mencionou que houve "hostilidade contra os policiais", que precisaram "utilizar técnicas de contenção". A Polícia Militar abriu uma investigação preliminar para analisar as imagens.

Um Histórico de Conflitos no Brás

"Entre janeiro e maio deste ano, ao menos oito casos de violência policial contra ambulantes foram registrados no Brás, bairro do centro de São Paulo..." - Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos.

Este incidente não é um caso isolado. O Brás tem sido palco de uma série de episódios de violência policial contra vendedores ambulantes. Relatórios do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos indicam que, desde o fim de 2023, foram registrados pelo menos 23 casos violentos, muitos deles envolvendo imigrantes. Em abril de 2025, o assassinato do ambulante senegalês Ngagne Mbaye, de 34 anos, morto por um policial durante uma operação, marcou o ápice dessa violência. Outros casos incluem agressões com armas de choque, chutes e ofensas xenófobas e racistas contra os trabalhadores informais.

Movimentos de defesa dos direitos humanos, associações de vendedores ambulantes e entidades estudantis têm se manifestado contra a atuação da Polícia Militar e da GCM, pedindo o encerramento do convênio entre o governo e a prefeitura de São Paulo, conhecido como "Operação Delegada", que tem sido apontado como um fator de aumento da repressão. A comunidade de ambulantes, composta por brasileiros e imigrantes de diversas nacionalidades, anseia por diálogo com a prefeitura e por medidas concretas que garantam segurança e a possibilidade de trabalhar sem medo.

Questionamentos sobre Abuso de Autoridade

A repercussão das imagens levanta sérios questionamentos sobre o uso da força e o treinamento das forças de segurança em abordagens a populações vulneráveis. Enquanto a prefeitura afirma que as ações visam coibir o comércio irregular e que os agentes agem em legítima defesa, as cenas de agressão e o apontar de arma para uma pessoa supostamente grávida geram grande preocupação e clamam por uma apuração rigorosa. Denúncias sobre eventuais desvios de conduta, conforme informado pelas secretarias, podem ser encaminhadas às corregedorias das corporações.

  • **O que a sociedade espera:** Transparência nas investigações e responsabilização em casos de abuso.
  • **Impacto nos trabalhadores:** Ações como essa afetam diretamente a subsistência de milhares de famílias que dependem do comércio de rua.
  • **A importância das imagens:** As gravações feitas por testemunhas se tornam cruciais para a documentação e denúncia de atos de violência.

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