PT Leva Meta ao STF e TSE Após 'Sumiço' de Perfis de Esquerda
O Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou que acionará o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima segunda-feira, 15 de dezembro. O motivo da ação judicial é questionar o suposto “sumiço” de perfis de esquerda nas plataformas Instagram e Facebook, incidente que teria ocorrido no dia da votação do Projeto de Lei da Dosimetria, aprovado na última quarta-feira, 10.
O Incidente e a Resposta da Meta
Páginas de figuras proeminentes, como a do presidente Lula e da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, além de outras lideranças petistas e do PSOL, teriam desaparecido das buscas nas redes sociais. Este fato gerou imediata reação e acusações por parte de políticos de esquerda, que apontaram a plataforma de favorecer e censurar o campo progressista.
Em nota oficial, a Meta, empresa controladora do Instagram e Facebook, reconheceu o incidente, classificando-o como um “problema técnico” que afetou temporariamente a ferramenta de busca. A empresa informou que a situação foi regularizada na parte da tarde do mesmo dia e alegou que perfis de direita, como os dos deputados Kim Kataguiri (União) e Nikolas Ferreira (PL), também foram prejudicados, sugerindo que a falha não teve viés político.
Acusações de Censura e Boicote em Período Pré-Eleitoral
Apesar da explicação da Meta, o PT mantém a linha de que houve um “sumiço seletivo”. O partido enfatiza que o incidente em questão, ocorrido em um dia de votação crucial no Congresso sobre um projeto que impacta condenados pela “trama golpista”, levanta sérias preocupações. Segundo dirigentes do PT, um relatório detalhado com o monitoramento das redes será anexado à ação que será enviada ao Supremo.
- Perfis de esquerda supostamente afetados incluem:
- Presidente Lula
- Ministra Gleisi Hoffmann
- Lideranças do PT e do PSOL
A legenda chegou a divulgar uma nota de alerta no dia do ocorrido, alertando para um possível “boicote” e o risco à democracia. O trecho da nota ressaltava a gravidade da situação:
“Qualquer forma de silenciamento, restrição ou invisibilidade das nossas vozes, ainda mais no período pré-eleitoral, já representa um risco concreto à liberdade de expressão, ao pluralismo e ao debate público,” declarou o partido.
O caso promete intensificar o debate sobre a regulamentação das plataformas digitais e o papel das redes sociais no cenário político brasileiro, especialmente com a proximidade de novos ciclos eleitorais.
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