A luta pela vida de Gizelle de Lucena Machado, de 32 anos, chegou ao fim. Após cinco meses de internação intensiva, a mulher que foi brutalmente atingida por um tiro na cabeça durante um assalto no bairro de Bangu, na zona Oeste do Rio de Janeiro, em julho deste ano, faleceu na última terça-feira (9).
A notícia de sua morte comoveu familiares e amigos, que acompanhavam sua batalha desde o trágico incidente. Gizelle se tornou um símbolo da violência urbana que assola a capital fluminense, deixando um vazio imenso em sua família.
A Noite que Mudou Tudo: O Assalto em Bangu
A tragédia ocorreu em um bar onde Gizelle estava desfrutando de um momento em família, na companhia de seu marido, Daniel, e do filho pequeno, Levi. O cenário de tranquilidade foi abruptamente interrompido pela ação de um assaltante.
Segundo relatos, o criminoso entrou no estabelecimento e imediatamente rendeu um cliente, subtraindo seus pertences e agredindo-o com uma coronhada. Em um momento de pânico, o assaltante efetuou um disparo. O cliente, em um ato de desespero, reagiu, iniciando uma luta corporal com o agressor.
Foi em meio a esse tumulto e à confusão generalizada que a fatalidade aconteceu. O cliente assaltado foi atingido na perna, enquanto Gizelle de Lucena Machado, uma observadora inocente da cena, foi covardemente baleada na cabeça. O suspeito conseguiu fugir do local após o crime, e, até a presente data, permanece foragido, intensificando o clamor por justiça.
Cinco Meses de Luta e Esperança
Internada desde julho, Gizelle permaneceu sob cuidados médicos intensivos por aproximadamente cinco meses. Sua condição era extremamente grave devido ao tiro na cabeça, e a família vivia em constante apreensão, alternando entre a esperança de sua recuperação e a angústia da incerteza. Infelizmente, apesar de todos os esforços da equipe médica, Gizelle não resistiu aos ferimentos.
A Busca por Justiça: O Inquérito Policial
A investigação sobre o caso está em andamento. A polícia concluiu o inquérito e o encaminhou ao Ministério Público no dia 6 de novembro, juntamente com a representação pela prisão do suspeito. As autoridades esperam que o criminoso seja identificado e capturado para que possa responder pelos seus atos.
O indivíduo foi indiciado por uma série de crimes graves, que refletem a brutalidade de sua ação. Entre as acusações, destacam-se:
- Posse ilegal de arma de fogo de uso restrito;
- Lesão corporal causada por projétil;
- Roubo seguido de tentativa de morte;
- Roubo com lesão corporal grave;
- Associação criminosa.
A comunidade e a família de Gizelle aguardam ansiosamente por avanços nas investigações e pela prisão do responsável, para que a justiça seja feita.
A Despedida de Gizelle: Um Legado de Dor e Luto
Gizelle de Lucena Machado deixa o marido, Daniel, e o filho Levi, um bebê de pouco mais de seis meses, que agora crescerá sem a presença da mãe. Ela também deixa o pai, a mãe e irmãs, que compartilham a dor dessa perda inestimável. Seu sepultamento está marcado para a quinta-feira (11), às 13h, no Cemitério Jardim da Saudade de Sulacap.
A morte de Gizelle é um triste lembrete da urgência em combater a violência que assola as grandes cidades, ceifando vidas e desestruturando famílias. Que sua memória sirva de apelo por um Rio de Janeiro mais seguro e justo para todos.
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