Presidente Lula Clama por Justiça e Questiona Leis em Discurso Forte Contra a Violência de Gênero
Em um evento marcante na refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, Pernambuco, na última terça-feira, 2 de dezembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou o tom de sua voz contra a crescente onda de feminicídios no Brasil, proferindo uma declaração que ecoou por todo o país: 'Até a morte é suave' para punir criminosos que praticam atos de extrema violência contra mulheres. O discurso emocionado do presidente não só viralizou nas redes sociais, mas também reacendeu o debate sobre a eficácia do Código Penal brasileiro diante de tamanha brutalidade.
A manifestação de Lula veio em resposta a uma série de casos chocantes de violência de gênero que tomaram as manchetes nos últimos dias. O presidente relatou, com visível comoção, diversos episódios brutais. Ele mencionou o caso de um homem que 'pegou duas pistolas na mão e descarregou contra a mulher'. Outro relato estarrecedor foi o de um indivíduo que 'matou a mulher grávida com três filhos, tocou fogo na casa'. O presidente também fez referência direta ao caso de Taynara Souza Santos, uma mulher que foi atropelada e arrastada por seu ex-companheiro por 1 km, e que, lamentavelmente, sobreviverá com as duas pernas amputadas, necessitando de múltiplas cirurgias. O irmão de Taynara, Luan Henrique, revelou ao portal UOL que os filhos da vítima ainda não sabem da tragédia. [cite: document page 5]
"O que está acontecendo na cabeça desse animal que é tido como a espécie animal mais inteligente do planeta Terra para tanta violência?", questionou o presidente Lula, visivelmente indignado.
Lula não poupou críticas ao sistema penal, levantando a questão: "O Código Penal brasileiro tem pena para fazer justiça a um animal irracional como esse? Porque, pensando bem, não existe pena para punir um cara desse, porque até a morte é suave." Ele ainda citou o exemplo de um homem que "passou 50 anos fazendo musculação, todo bombado, pra quê? Pra bater em mulher? Era melhor que tivesse nascido sem braço". [cite: document page 2]
Feminicídio no Brasil: Números Alarmantes e um Chamado Urgente à Ação
A preocupação do presidente reflete uma realidade sombria no Brasil. Dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) indicam que o país registrou mais de 1.200 casos de feminicídio somente em 2024. [cite: document page 4] Outras fontes apontam que, em 2024, foram registrados 1.450 feminicídios, um pequeno aumento em relação a 2023. O Ministério da Justiça e Segurança Pública também reportou 1.075 feminicídios entre janeiro e setembro de 2025. Esses números sublinham a urgência de políticas públicas mais eficazes e uma mudança cultural profunda.
Diante desse cenário, Lula fez um apelo veemente à sociedade, especialmente aos homens. Ele convocou uma mobilização nacional, enfatizando a responsabilidade individual na luta contra a violência de gênero.
"Cada um de nós, homens, precisa ser o professor do outro. Cada um de nós tem que educar os nossos filhos. Cada um de nós tem que educar os nossos companheiros", concluiu o presidente, reforçando a necessidade de uma transformação de comportamento e mentalidade. [cite: document page 2]
O apelo de Lula também ecoa o pedido da primeira-dama, Janja da Silva, que, emocionada com as notícias de violência, solicitou ao presidente que assumisse uma luta mais dura contra o problema. Para as vítimas de violência, os canais de denúncia são cruciais: ligue 190 (telefone da polícia) ou 180 (Central de Atendimento à Mulher). A luta contra o feminicídio é um desafio de todos e exige o compromisso coletivo para proteger as mulheres e construir uma sociedade mais justa e segura.
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