O Brasil está em estado de choque. Novas e aterrorizantes revelações vieram à tona sobre o caso de Gisele Oliveira, a mulher acusada de um dos crimes mais bárbaros da história recente de Minas Gerais: o assassinato frio e calculado de cinco de seus próprios filhos.
Após uma caçada internacional que resultou em sua captura em Portugal e extradição para o Brasil, o Ministério Público de Timóteo abriu a caixa de Pandora. O que parecia ser a ação isolada de uma mente perturbada revelou-se uma conspiração familiar macabra. Gisele não está sozinha no banco dos réus: sua própria mãe, a avó das crianças assassinadas, foi apontada como colaboradora nos crimes.
Cúmplices do Horror
As investigações apontam que a avó das crianças teria colaborado com a filha, embora aguarde julgamento em liberdade. Além dela, dois ex-companheiros de Gisele estão presos preventivamente. A lista de acusações é extensa e nauseante: cinco homicídios consumados contra bebês de 10 meses a 3 anos, duas tentativas de homicídio (incluindo o filho primogênito e um companheiro) e quatro crimes contra a dignidade sexual.
Mesmo foragida na Europa, a audácia da criminosa não teve fim: Gisele continuou a coagir e ameaçar testemunhas e sobreviventes à distância, tentando silenciar os gritos de justiça.
Veneno no lugar de leite: O modus operandi
Os detalhes revelados pela delegada Valdimara Teixeira são de revirar o estômago. Gisele agiu como uma verdadeira serial killer dentro de sua própria casa entre 2010 e 2023. A arma do crime? Medicação pesada.
Exames toxicológicos tardios confirmaram o impensável: as crianças foram dopadas até a morte. Em um dos casos, foi detectado fenobarbital; em outro, Clonazepam, um potente depressor do sistema nervoso central. O veneno era administrado friamente, transformando o lar em um abatedouro silencioso.
Falhas imperdoáveis deixaram a assassina livre
O aspecto mais revoltante do caso é a sequência de falhas que permitiu que Gisele continuasse matando. Em 2007, uma tentativa de homicídio contra o primogênito já havia apontado intoxicação por remédios na mamadeira. Inacreditavelmente, o inquérito foi arquivado como "acidente doméstico".
Essa negligência custou a vida de outras cinco crianças. A ausência de exames toxicológicos nas mortes subsequentes em 2019 criou um vácuo de impunidade que Gisele explorou para continuar sua matança. Além dos assassinatos, a polícia desvendou uma teia de abusos sexuais contra as irmãs de Gisele, cometidos por seus ex-companheiros, com a conivência ou participação ativa da própria acusada.
Agora, encarcerada no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte, a "mãe monstro" aguarda o julgamento que o país inteiro exige, enquanto a sociedade se pergunta: quantas vidas poderiam ter sido salvas se a justiça tivesse agido antes?