Após uma jornada de nove meses de intensa batalha pela vida, Felipe Marques Monteiro, copiloto de helicóptero da Polícia Civil do Rio de Janeiro, recebeu alta hospitalar nesta segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, por volta das 15h. O policial, que foi tragicamente atingido por um tiro na cabeça durante a Operação Torniquete em março deste ano, deixou o Hospital São Lucas Copacabana, na capital fluminense, e agora se prepara para uma nova fase: a reabilitação.
O Atentado e a Operação Torniquete
O incidente que marcou a vida de Felipe ocorreu em março de 2025, durante a Operação Torniquete, deflagrada na Vila Aliança, bairro de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Enquanto pilotava a aeronave da Polícia Civil, o copiloto foi atingido por um disparo de arma de fogo que o alvejou na cabeça. À época do ocorrido, o delegado Felipe Curi, secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, confirmou o grave ferimento do policial, gerando grande comoção e preocupação.
"O policial civil foi atingido por um tiro na cabeça enquanto pilotava a aeronave na operação Torniquete, que aconteceu em março deste ano na Vila Aliança, no bairro de Bangu, Zona Oeste da capital fluminense."
A Longa e Milagrosa Jornada de Recuperação
A recuperação de Felipe Marques Monteiro foi um processo árduo e repleto de desafios, exigindo dedicação incansável da equipe médica e uma força de vontade admirável do próprio policial. Durante os nove meses de internação no Hospital São Lucas Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), ele foi submetido a cuidados intensivos e acompanhamento contínuo. O médico Renato Ribeiro, que esteve à frente dos cuidados com Felipe, confirmou que a alta representa uma vitória e que a próxima etapa será crucial: a fase de reabilitação, essencial para sua plena recuperação e retomada de suas atividades.
Os Bastidores da Operação Policial e a Desarticulação do Crime Organizado
A Operação Torniquete, além de ser o cenário do lamentável ferimento de Felipe Marques Monteiro, teve como objetivo principal desmantelar uma perigosa quadrilha especializada em roubo de vans. A ação policial foi marcada por intensos tiroteios e pela criação de barricadas em chamas pelos criminosos na Vila Aliança, transformando a região em um palco de confronto, segundo relatos de moradores.
Durante a operação, o líder da quadrilha, cuja identidade não foi divulgada, foi detido na mesma localidade. As investigações da Polícia Civil revelaram a sofisticada estrutura e organização do grupo criminoso:
- O líder era o cérebro da operação, coordenando as ações, indicando alvos específicos e negociando os veículos roubados.
- Após o roubo, os veículos eram sistematicamente desmanchados e suas peças revendidas ilegalmente no mercado paralelo.
- A quadrilha possuía funções bem definidas para seus membros, incluindo batedores para monitorar as rotas, roubadores para a execução dos assaltos, receptadores para a aquisição dos bens ilícitos e desmanchadores para a descaracterização dos veículos.
A atuação desse grupo criminoso causou um prejuízo estimado em mais de R$ 5 milhões ao setor de transporte turístico do estado somente em 2024. A prisão do líder e a desarticulação da quadrilha representam um golpe significativo contra o crime organizado na região.
A alta de Felipe Marques Monteiro não é apenas uma notícia de alívio para sua família e colegas, mas também um símbolo de resiliência e da bravura dos profissionais de segurança pública que, diariamente, arriscam suas vidas para garantir a segurança da população.
Comentários
Postar um comentário