Uma tragédia motivada por ciúmes e vingança abalou a cidade de São Francisco do Pará na tarde da última quinta-feira, 4 de dezembro de 2025. O caminhoneiro catarinense Márcio Roberto Wolff, de 41 anos, natural de Mafra, Santa Catarina, foi brutalmente assassinado a tiros em um posto de combustíveis localizado às margens da BR-316. O crime chocou testemunhas e mobilizou as forças de segurança da região.
A Emboscada Fatal
Márcio Roberto Wolff havia acabado de chegar ao posto, conduzindo sua carreta Mercedes-Benz. Ele estava acompanhado de uma mulher de 41 anos, moradora de Castanhal, que chegou ao local em uma motocicleta e a estacionou discretamente atrás do caminhão, antes de subir na cabine. Sem que percebessem, o casal estava sendo seguido de perto por Rafael Modesto Freitas, ex-marido da mulher, cujo ciúme e a não aceitação do fim do relacionamento culminaram no trágico desfecho.
Rafael Modesto Freitas, munido de um revólver calibre 38, aproximou-se do veículo em um ato de extrema violência. Sem hesitação, efetuou cinco disparos contra o caminhoneiro Márcio, que morreu instantaneamente dentro da cabine do veículo. O horror não parou por aí. Conforme relatos de testemunhas chocadas, após os disparos, o assassino demonstrou uma crueldade ainda maior, passando com sua Mitsubishi Pajero sobre o corpo do caminhoneiro antes de empreender fuga do local do crime.
Perseguição e Prisão em Flagrante
Imediatamente após o crime, a Polícia Militar foi acionada e deu início a uma intensa perseguição. A agilidade das forças policiais permitiu que Rafael Modesto Freitas fosse localizado e interceptado pouco tempo depois, no Ramal do Caranã, uma área rural de São Francisco do Pará.
No momento da prisão em flagrante, Rafael fez uma declaração fria e perturbadora aos policiais. Ele teria afirmado que só não continuou atirando contra a vítima porque o tambor de seu revólver havia esvaziado, indicando uma intenção clara de causar ainda mais dano. A arma do crime, um revólver calibre 38 com cinco munições deflagradas, foi apreendida pelas autoridades como prova material do homicídio.
Homicídio Qualificado por Motivo Torpe
Rafael Modesto Freitas foi autuado por homicídio qualificado, com a agravante de motivo torpe, um dos qualificadores mais severos previstos na legislação penal brasileira, que se refere a crimes cometidos por razões moralmente reprováveis, como ciúme excessivo e vingança. Ele permanece custodiado na região metropolitana de Belém, aguardando os desdobramentos do processo judicial. A comunidade de São Francisco do Pará e Mafra, cidade natal da vítima, lamentam a perda e a brutalidade de um crime motivado pela intolerância e pela incapacidade de aceitar o fim de um relacionamento.
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