Violência Chocante: Adolescente Trans de 13 Anos é Brutalmente Espancada e Queimada em Guarapari; Suspeita de Transfobia Abala o País
A comunidade LGBTQIA+ e o Brasil estão em choque com a notícia revoltante do brutal ataque a uma adolescente trans de apenas 13 anos. A jovem foi encontrada com queimaduras graves e sinais de espancamento nas ruas de Guarapari, região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo. O caso, que ocorreu em 10 de dezembro, levanta a forte suspeita de transfobia como motivação, um crime de ódio que choca pela crueldade e pela idade da vítima.
Detalhes da Agregação e o Resgate
A adolescente foi socorrida por um motorista de aplicativo que a encontrou ferida. Inicialmente, ela foi levada ao Hospital Antônio Bezerra de Farias, em Vila Velha, e posteriormente transferida para o Hospital Infantil de Vitória, onde permanece internada em estado grave. Segundo informações médicas, a vítima está sob cuidados intensivos e não há previsão de alta devido à severidade das queimaduras e outras lesões sofridas.
Em seu depoimento à família durante o atendimento hospitalar, a jovem relatou que as agressões ocorreram no bairro Village do Sol. Ela descreveu ter sido levada para uma rua isolada, onde foi violentamente espancada antes que os agressores ateassem fogo nela. A adolescente mencionou a presença de homens no local, mas não conseguiu se lembrar de quantos eram. Um ato de humanidade veio de uma mulher que estava por perto e jogou água sobre ela, permitindo que a menina conseguisse correr, gritando por socorro.
Transfobia: A Principal Linha de Investigação
A principal hipótese para a motivação do crime é a transfobia. Uma tia da jovem, que preferiu não se identificar, afirmou que a própria vítima mencionou algo sobre transfobia. A tia, em um desabafo emocionado, expressou a dor da família e o clamor por justiça:
"Ela (a vítima) mencionou algo sobre transfobia, mas estamos incertos quanto ao que realmente aconteceu. Ela está com muito medo e dá versões diferentes sobre os fatos. Queremos justiça, não podemos deixar isso impune."
O Histórico e a Dor da Mãe
A mãe da adolescente, também em depoimento, revelou que a filha havia se envolvido em uma briga por furtar o celular de um homem em Vitória. A mãe explicou que, ao saber do ocorrido, o celular foi imediatamente devolvido ao proprietário. Contudo, na última vez que a viu, a filha estava envolvida nessa situação e acabou desaparecendo de casa. A mãe havia registrado um Boletim de Ocorrência por desaparecimento, pois a jovem tinha o costume de dormir na casa da irmã.
"Ela veio até minha casa e me entregou o celular. Eu o devolvi imediatamente. Quando acordei de madrugada, ela já não estava em casa. Fiquei preocupada, pois ela tem o costume de desaparecer. Registrei um Boletim de Ocorrência, pois ela costuma dormir na casa da irmã. Eu sempre deixo a porta aberta, pois acreditava que ela voltaria, mas não a encontrei. Hoje, vendo minha filha desse jeito, é uma situação revoltante."
Investigação em Andamento e Clamor por Justiça
O caso foi formalmente registrado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). No entanto, até o momento, nenhum suspeito foi preso. A brutalidade do ataque e a suspeita de que a motivação seja um crime de ódio reacendem o debate sobre a segurança e os direitos das pessoas trans no Brasil, um dos países que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo. A família e a sociedade esperam por uma investigação célere e que os responsáveis por tamanha barbárie sejam identificados e punidos. A impunidade em casos como este apenas perpetua a violência e o preconceito.