A cidade de Caruaru, Pernambuco, foi palco de um crime de extrema crueldade que abalou profundamente a comunidade e o Brasil. Allani Rayanne Santos, uma jovem de 24 anos, foi brutalmente assassinada a facadas e com golpes de enxada, em um ato orquestrado pela própria mãe, Andrea Maria dos Santos, e seu companheiro, o executor do crime.
Detalhes Chocantes da Tortura e Morte
A investigação da Polícia Civil, liderada pelo delegado Eric Costa, da 19ª Delegacia de Homicídios de Caruaru, revelou uma trama macabra. O crime ocorreu na madrugada da última segunda-feira (17) e apontou que Allani foi submetida a sessões de tortura antes de ser morta. Segundo o executor, que mantinha um relacionamento com Andrea, ele foi à residência da vítima sob a falsa justificativa de realizar um “trabalho religioso” para Allani.
“Um crime de extrema crueldade e motivação torpe chocou a cidade de Caruaru, em Pernambuco. Allani Rayanne Santos, de 24 anos, foi morta a facadas e com golpes de enxada a mando da própria mãe, Andrea Maria dos Santos.”
Dentro da residência, a jovem foi torturada, e o homem exigiu a transferência do dinheiro que Allani teria recebido como herança de seu avô. Diante da recusa de Allani em ceder à extorsão, ela foi brutalmente assassinada com golpes de arma branca, culminando no que a polícia descreve como feminicídio.
A Confissão do Executor e a Descoberta das Armas
O executor do crime foi preso e, em depoimento, demonstrou aos policiais o local onde descartou as armas utilizadas. Um arsenal macabro, que incluía uma enxada de jardim e uma faca (cutelo), foi encontrado em uma mochila, juntamente com um lençol sujo de sangue, jogada em um matagal.
Imagens de segurança obtidas pela polícia mostram o executor jogando a mochila no local por volta das 5h da manhã. A polícia acredita que o sangue nas armas é da vítima. As armas foram apreendidas pelo Instituto de Criminalística e serão submetidas a perícia para confirmação, enquanto o executor confessou o assassinato.
Prisão da Mãe e Versão Contraditória
Andrea Maria dos Santos, a mandante do crime, foi presa após prestar um novo depoimento. O delegado Eric Costa afirmou que, durante o interrogatório, ela se contradisse diversas vezes, levantando suspeitas sobre sua versão dos fatos.
“A versão dela não é verossímil. Todos os elementos que conseguimos identificar até o presente momento levam a crer que ela é a mandante do crime, juntamente com o seu companheiro que foi preso horas antes”, afirmou o delegado.
Enquanto era conduzida para a viatura, Andrea negou qualquer envolvimento e a motivação financeira. “Ele [executor do crime] não é meu companheiro, não! Que herança, que não tem herança, não tem dinheiro, não tem nada”, disse ela à imprensa.
Prisão Preventiva e Continuidade da Investigação
Andrea e seu companheiro (o executor) passaram por audiência de custódia nesta quarta-feira (19). O flagrante de ambos foi convertido em prisão preventiva, garantindo que permaneçam detidos enquanto as investigações prosseguem. A Polícia Civil continua trabalhando para reunir todas as provas contra a mãe e o executor, buscando esclarecer cada detalhe deste brutal feminicídio.
O caso Allani Rayanne Santos é um doloroso lembrete da complexidade e da escuridão que podem se esconder nas relações familiares, chocando o país com a barbárie de um crime motivado por ganância e traição.
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