O Fim de uma Lenda do Crime: A Morte de Mangabinha em Operação da CORE
A Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, foi palco de uma intensa operação policial que culminou na morte de Luiz Felipe Honorato Romão, mais conhecido como Mangabinha. Apontado como uma das figuras mais perigosas do Comando Vermelho (CV) e procurado por sua participação no brutal assassinato do agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) José Lourenço, o traficante foi neutralizado em um confronto com a Polícia Civil.
Ostentação e Desafio nas Redes Sociais Antes do Confronto Fatal
A audácia de Mangabinha era notória, e suas redes sociais serviam como plataforma para ostentação e provocações. Um dia antes de ser morto, o traficante publicou fotos exibindo um arsenal de armas e equipamentos de guerra, acompanhadas de um texto desafiador: 'Entra para ver'. Mensagens encontradas em seu celular revelaram uma postura soberba e a satisfação do criminoso por ter participado do ataque que resultou na morte do policial da CORE em maio. Esses registros, parte crucial da investigação da Delegacia de Homicídios da Capital, demonstram seu envolvimento direto e sua fuga da comunidade após os disparos.
A Complexa Investigação e o Envolvimento no Ataque à CORE
A Delegacia de Homicídios já havia identificado Mangabinha como um dos principais autores dos disparos que vitimaram José Lourenço. As conversas e vídeos em seu aparelho corroboraram essa conclusão e forneceram detalhes cruciais sobre sua atuação no crime organizado. O relatório policial indicou que Mangabinha operava como segurança do tráfico na Cidade de Deus, circulando armado e mantendo contato frequente com outros criminosos do Comando Vermelho. Os vídeos enviados por ele próprio evidenciavam a ostentação de fuzis e comentários sobre a rotina de confrontos armados na região.
A Operação Fatal na Cidade de Deus
A operação que resultou na morte de Mangabinha foi conduzida pela CORE na Cidade de Deus. Segundo as autoridades, o traficante resistiu à prisão e reagiu à chegada dos agentes, dando início a um confronto fatal. A Polícia Civil ressaltou que todas as ações da coordenadoria são pautadas pela técnica, legalidade e rigor operacional, visando à proteção da vida e à responsabilização dos criminosos.
“É importante frisar que (...) Mangabinha foram identificados e tiveram suas prisões decretadas após importante trabalho de investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que comprovou de maneira clara e técnica a participação desses narco-terroristas nos ataques contra a equipe que atuou naquele dia na Cidade de Deus”, ressalta a Polícia Civil.
A neutralização de Mangabinha, que acumulava cinco anotações criminais e dois mandados de prisão em aberto – um por evasão do sistema prisional e outro pelo homicídio do agente da CORE – representa um golpe significativo contra a facção criminosa e um avanço nas investigações sobre a morte do policial José Lourenço.
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