Atenção Redobrada: Estudante da UVA Mordido por Jiboia em Sobral Levanta Debate Sobre Manejo de Fauna Silvestre
Um incidente chocante abalou a tranquilidade da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, no interior do Ceará, na última quinta-feira, dia 13 de novembro. Um estudante do curso de Biologia, Thallyso Matias, foi surpreendido e mordido no rosto por uma jiboia enquanto tentava realocar o animal, que havia sido avistado em uma árvore no estacionamento do campus. O episódio, que viralizou após a divulgação de um vídeo, gerou preocupação e um alerta importante da instituição sobre a interação com a fauna silvestre.
Thallyso, que afirmou possuir experiência no manuseio de cobras e serpentes, agiu com a intenção de proteger tanto o animal quanto a comunidade acadêmica, buscando mover a serpente para um local mais seguro. No entanto, durante o procedimento, a jiboia reagiu inesperadamente, cravando suas presas na testa do jovem. O ataque durou aproximadamente um minuto, até que Thallyso conseguiu se desvencilhar do animal.
Não Peçonhenta, Mas Dolorosa: A Natureza da Mordida da Jiboia
"Embora a mordida seja dolorida e cause ferimento, a serpente não é um animal peçonhento, ou seja, ela não injeta veneno na vítima."
Apesar do susto e do ferimento visível na testa, é crucial ressaltar que a jiboia (Boa constrictor) não é uma serpente peçonhenta. Isso significa que, embora a mordida possa ser dolorosa e exigir cuidados médicos – como foi o caso de Thallyso, que foi medicado e recebeu alta hospitalar –, não há risco de envenenamento. Após o incidente, o estudante conseguiu soltar a jiboia em uma área mais adequada dentro do campus antes de procurar atendimento médico.
Alerta da Universidade: Segurança Acima de Tudo no Manejo de Animais Silvestres
Diante do ocorrido, a coordenação do Grupo de Estudos em Herpetologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú (Herpeto-UVA) emitiu uma nota de esclarecimento e alerta. A nota enfatiza que a instituição "não autoriza, em hipótese alguma", que qualquer pessoa realize o manejo de fauna silvestre sem a devida permissão legal e sem a supervisão de profissionais habilitados.
O comunicado da universidade reforça a importância de protocolos de segurança e a necessidade de acionar os órgãos competentes em situações semelhantes.
- Acione as autoridades: Ao avistar qualquer animal silvestre em situação de risco ou em área urbana, a orientação correta é contatar imediatamente o Corpo de Bombeiros (193) ou outros órgãos ambientais competentes.
- Evite intervenções próprias: O manejo não autorizado de animais silvestres coloca em risco tanto a integridade das pessoas quanto o bem-estar dos próprios animais.
- Busque conhecimento especializado: A interação com a fauna deve ser sempre mediada por profissionais qualificados e com as devidas autorizações.
Este incidente serve como um lembrete vívido dos perigos e da complexidade envolvidos no contato com a vida selvagem, mesmo para aqueles com algum conhecimento prévio. A segurança de todos, humanos e animais, deve ser a prioridade máxima.
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