Captura de Simone Saturnino Marca Golpe Contra o Crime Organizado
A Polícia Civil do Rio de Janeiro desferiu um duro golpe contra o crime organizado ao prender Simone Saturnino em Mesquita. Conhecida por ser uma das principais lideranças do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção criminosa com forte atuação em Santa Catarina, Simone estava foragida e era procurada por uma série de crimes graves, incluindo tráfico de drogas, homicídio e liderança de ataques que aterrorizaram o estado catarinense anos atrás.
A operação que resultou na sua captura foi conduzida por agentes da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e culmina semanas de monitoramento. Sua prisão representa um avanço significativo na busca por justiça e na pacificação da região, reforçando a determinação das autoridades em combater o crime organizado e garantir a segurança da população.
Um Passado de Violência e Orquestração Criminosa
Simone Saturnino, também conhecida como 'Simone da Pedra', é apontada como uma figura central na estrutura do PGC. Segundo as investigações, ela possui um histórico de atuação direta ao lado de seu ex-marido, Rodrigo Saturnino, o 'Rodrigo da Pedra', uma das lideranças mais influentes do PGC e figura conhecida no Morro do Horácio, em Florianópolis.
Entre o final de 2012 e o início de 2013, Simone desempenhou um papel crucial na disseminação de ordens que resultaram em uma série de ataques violentos em Santa Catarina. Criminosos, sob seu comando e do seu irmão Maycon Saturnino, o 'Maycon do Horácio', incendiaram ônibus, veículos e bens públicos em diversas cidades, causando pânico e desestabilização.
Os ataques, orquestrados por presidiários, tinham como alvo ônibus, veículos particulares e até bases policiais, atingindo 37 cidades catarinenses, incluindo a capital, Florianópolis, com quase 200 ocorrências registradas.
A gravidade da situação levou à mobilização de equipes da Força Nacional de Segurança, que foram enviadas ao estado para conter a violência e restabelecer a ordem.
Mandados de Prisão e Acusações Múltiplas
Contra Simone, existiam dois mandados de prisão em aberto. Um deles era por associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa. O segundo mandado era por organização criminosa e homicídio qualificado. Além disso, no Rio de Janeiro, ela também responde por crimes de difamação e apropriação indébita, ampliando seu já extenso histórico criminal.
A prisão de uma figura tão proeminente como Simone Saturnino não apenas tira uma criminosa perigosa de circulação, mas também enfraquece a capacidade operacional do Primeiro Grupo Catarinense, um grupo que, conforme apontam as autoridades, atua com assassinatos, tráfico de drogas, assaltos, rebeliões e atividades terroristas, mantendo inclusive ligações com outras facções, como o Comando Vermelho.
A atuação conjunta da Polícia Civil de Santa Catarina e do Rio de Janeiro demonstra a eficiência das forças de segurança no combate ao crime interestadual e reforça a mensagem de que, independentemente do tempo ou da distância, a justiça prevalecerá.
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